Karla da Cimed fala sobre os bastidores de uma empresa familiar em podcast da Futurum Capital

por Luciana Biano

Executiva conta como foi começar a trabalhar com 17 anos na Cimed, fundada por seu pai, quando a empresa contava com apenas 20 funcionários e 20 produtos; hoje, são 5 mil colaboradores e 600 produtos

Trabalhar em uma empresa familiar é, ao mesmo tempo, desafiador e gratificante. Karla Felmanas que o diga: atualmente, ela é vice-presidente da Cimed, posicionada entre as três maiores fabricantes de medicamentos em número de caixas vendidas.

Durante o Futurum Talks, podcast promovido pela Futurum Capital, empresa brasileira especializada em investir e desenvolver empresas de tecnologia, a executiva falou sobre os bastidores de uma empresa familiar que vem crescendo vertiginosamente a partir da visão de negócios de seu pai e da sua complementaridade com seu irmão e CEO da empresa, João Adibe.
 

“Meu pai era meu chefe; sou sócia do meu irmão e lidero meus filhos e sobrinhos. São papéis próximos, mas dentro da empresa é fundamental separá-los”, afirma Karla. Embora normalmente as empresas familiares tenham como principal desafio equilibrar o pensamento dos fundadores com a inovação que vem chegando junto com as novas gerações, ela revela que esse não foi um obstáculo na Cimed.

“Nascemos pequenos. Comecei a trabalhar com 17 anos, quando a empresa contava com apenas 20 funcionários e 20 produtos. Depois de 30 anos de jornada, somos em 5 mil colaboradores e 600 produtos. Eu e meu irmão participamos de tudo. Fazer acontecer foi o principal desafio”, revela Karla.

Segundo a vice-presidente, desde os tempos de seu pai, cada um ficou responsável por uma área da empresa que mais correspondia ao seu perfil. Ela ficou com a parte de produção e seu irmão com a de vendas. “Meu pai entendeu como a cabeça de cada um funcionava e, com cada um de nós jogando na posição correta, fomos ampliando nosso portfólio”, conta.

Karla explica que logo que entrou em vigor a lei dos medicamentos genéricos, a Cimed investiu fortemente em pesquisas em produtos dessa natureza. Desde então, a empresa se posiciona como uma marca popular, voltada para 200 milhões de brasileiros, fabricantes de produtos que cabem no bolso de todos. Para ela, a Cimed pode ser definida como uma fábrica de remédios tecnológicos a custos acessíveis.
 

Por trás dessa estratégia, ela explica que há uma grande cadeia de verticalização. São 1200 homens atendendo 80 mil pontos de vendas por mês. Nossa operação é varejo puro”, esclarece. Além da linha de genéricos, a Cimed trabalha com produtos de consumo, como vitaminas. “O trabalho é árduo. Buscamos disseminar a cultura de vestir a camisa e ser vendedor, afinal, esse é nosso DNA. Nossa empresa inteira é orientada para vendas e neste ano nosso objetivo é faturar R$ 3 bilhões”, conclui a executiva.

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