Senado deve votar nos próximos dias Marco Legal para a Indústria de Jogos Eletrônicos e para os Jogos de Fantasia, legislação que já foi aprovada na Câmara
O Senado Federal deve votar nos próximos dias o Marco Legal para a Indústria de Jogos Eletrônicos e para os Jogos de Fantasia, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 19 de outubro. Com isso, o Fantasy Sport, que hoje gera tributos, empregos e uma receita anual de quase R$ 70 milhões, dá um passo largo para se tornar regulamentado no Brasil e expandir ainda mais seu mercado no país.
A modalidade consiste em disputas nas quais os resultados são determinados pelo desempenho dos competidores e as premiações são distribuídas com base na performance de cada indivíduo. Diferentemente dos jogos de azar, nos quais as pessoas não têm qualquer ingerência sobre o resultado e podem ser premiadas aleatoriamente, no Fantasy Sport, é a habilidade do jogador que prevalece e o seu desempenho depende do conhecimento, estratégia e discernimento.
A regulamentação amplia a segurança jurídica e estabelece importantes diretrizes para a modalidade que, aliada a alguns fatores importantes, como o maior interesse do público feminino pelo segmento, a melhoria da infraestrutura digital e a entrada de novos players no mercado, vê o setor crescer e se desenvolver de maneira muito positiva no Brasil.
A Associação Brasileira de Fantasy Sports (ABFS) listou quais seriam os principais ganhos com a regulamentação da modalidade no Brasil.
1. Emprego
Considerando o tamanho e o estágio de desenvolvimento do mercado brasileiro de Fantasy Sports estima-se que o setor pode gerar cerca 5 mil empregos diretos e indiretos no próximo ano, se regulado o mercado.
2. Geração de receitas
Hoje, o Brasil movimenta US$ 10 a US$ 12 milhões em receita. A previsão é que o país acompanhe o crescimento de EUA e índia e atinja um crescimento de mercado de até 120% nos próximos quatro anos.
3. Investimento e segurança
O Brasil tem totais condições de ser a terceira maior potência da modalidade, atrás apenas de EUA e Índia. Atualmente, estima-se que mais de 10 empresas operam no país. A regulamentação trará uma segurança jurídica, fazendo com que investidores tenham confiança em aportar recursos para a ampliação da atividade, seja mediante o crescimento das empresas existentes, seja com a criação de novas empresas relacionadas ao fantasy sport.
Recentemente, em janeiro de 2022, o Rei do Pitaco recebeu um dos maiores investimentos em sportstech e um dos 10 maiores aportes do período. O valor captado foi R$180 milhões e a rodada Série A foi liderada pelo fundo americano D1 Capital Partners e co-liderada pelos fundos Kaszek, Bullpen Capital e Left Lane, a rodada também teve participação dos parceiros da DST Global – Tom Stafford e Nick Brito – e da Globo Ventures.
4. Profissionalização
A normatização beneficia também a profissionalização do esporte. A estimativa é que atinja o patamar de 4,1 milhões jogadores de Fantasy Sport. Com a lei, o mercado se expande, ofertando cada vez mais espaço e credibilidade para os jogadores.
5. Transparência
Com a devida regulamentação do setor de Fantasy Sports, o jogador terá maior segurança e transparência nas operações das empresas. Com a regulamentação, os jogadores estarão mais protegidos, já que haverá garantias claras sobre os direitos dos consumidores.
POR: Agência Pub