Como cuidar da saúde em períodos de calor extremo?

por Luciana Biano

Novas ondas de temperaturas muito altas irão afetar diversos estados brasileiros até 2024

Com recordes de calor no país inteiro, o último trimestre do ano acendeu alerta no Inmet, indicando o El Ninõ e aquecimento global como causadores do fenômeno meteorológico de intensidade acima do normal. Segundo o estudo da Climate Central, a onda está apenas começando a aumentar as temperaturas e, com base nos padrões históricos, o pico do efeito do será sentido em 2024, indicando um verão intenso pela frente.

Com o calor, chegam as dúvidas: como se alimentar corretamente durante a temporada, amenizar o desconforto causado pela alta temperatura e ter melhores cuidados com o excesso de sol. Entre as buscas que mais cresceram no Google estão “ventilador com gelo caseiro” (+2.800%) e “ar condicionado caseiro com gelo” (+2.200%). Pensando nisso, a Dra. Karina Santos, médica do Time de Saúde da Sami, healthtech que tem um modelo focado em atenção primária à saúde, com time de saúde e cuidado coordenado, separou algumas boas práticas para a saúde não sofrer durante o período.

Alimentação: vá de escolhas leves

Durante as altas temperaturas, o corpo perde mais água por suar muito mais. Além disso, diferente do inverno, onde temos mais apetite, o calor inibe a fome, fazendo com que nossa nutrição fique desequilibrada. As mudanças fisiológicas do verão também precisam ser ajustadas a uma alimentação mais leve para compensar a perda de água e nutrientes e a pouca vontade de se alimentar. Sem contar que nosso corpo diminui a produção de energia, se comparado às temperaturas frias, com isso, nossa alimentação também precisa ser menos calórica. O efeito inibidor da fome causado pelo calor acaba provocando um jejum prolongado que não é nada saudável para o organismo. Optar por uma alimentação saudável e leve é investir no seu bem-estar.

“Dê preferência por saladas durante as refeições e frutas para os lanches. Além disso, os sucos repõem os minerais perdidos pelo suor e hidratam o corpo. Substitua o acompanhamento por carnes brancas ou carnes mais magras, bem como varie entre grelhados, cozidos e assados. Comece cortando a fritura, que pode acabar pesando no calor, e aproveite para trazer alimentos mais saudáveis à mesa. Andar com garrafinhas de água também é fundamental”, explica a médica. “É bem provável que você já tenha percebido que o calor nos deixa com a sensação de cansaço. Isso acontece devido à digestão, que se torna mais lenta. Por isso, evitar comidas pesadas e gordurosas precisa ser uma prioridade para você durante o verão.”

Cuidado com a congestão alimentar 

A congestão alimentar trata-se de um mal-estar ocasionado por um grande esforço físico depois de uma refeição consideravelmente pesada, como, por exemplo, almoço ou jantar. Isso acontece porque durante o esforço físico o organismo precisa alterar a direção do fluxo sanguíneo — antes, focado na digestão dos alimentos —, fazendo com que o corpo entre em estado de congestão. Isto é, o sangue, que está concentrado no intestino e no estômago, invade os músculos para conseguir fazer digestão.

“Por isso, principalmente durante a infância, muitas pessoas chamam a atenção para o fato de não poder entrar na piscina logo após a refeição. Mas o que muitos indivíduos não sabem é que a causa da congestão alimentar não vem somente do esforço físico na água. Essa condição pode surgir depois de qualquer tipo de esforço físico, seja: ir para a academia; correr;  pegar muito peso; nadar, seja no mar ou na piscina. Resumindo: o que causa uma congestão é o hábito de realizar uma refeição pesada e, em seguida, fazer esforço físico com intensidade”, afirma Karina.

Alerta vermelho contra a insolação 

Mais comum nos meses mais quentes, a insolação acontece quando há exposição excessiva ao sol ou ao calor. A temperatura corporal passa a aumentar de maneira muito rápida e o corpo não consegue transpirar o suficiente para resfriar o corpo. Assim, começam os primeiros sinais de mal-estar da insolação. Podendo levar ao coma e até à morte, a insolação precisa ser evitada ao máximo, com o uso de protetor solar adequado, evitar o sol entre 12h e 16h, prefira lugares arejados e com sombra, não usar roupas pesadas e escuras e reaplicando o protetor solar sempre que necessário.

Afinal, a exposição excessiva ao sol pode gerar queimaduras graves e aumentar o risco de câncer de pele e desidratação. De acordo com o Ministério da Saúde, a insolação acontece quando a temperatura corporal passa de 40 °C e o indivíduo perde minerais, sais e muita água de maneira muito rápida. A médica da Sami explica que a forma de tratamento da insolação dependerá do estado do paciente. Em estados críticos, com desmaios, coma e extremidades arroxeadas, será necessário um atendimento mais intensivo e hospitalar. 

“Quadros leves geralmente apresentam apenas alguns sintomas mais fracos, podendo ser tratados com medidas simples. Algumas das medidas essenciais são: mover a pessoa para um local fresco e com sombra; remover peças de roupa ao máximo; caso esteja consciente, mantê-lo com a cabeça elevada e em repouso; oferecer água gelada ou fria, ou qualquer bebida que não contenha álcool; borrifar água no acidentado; aplicar compressas de água fria nos mesmos locais onde são aplicados em caso de febre: axilas, testa e pescoço; se possível, dar banho gelado em pacientes ou colá-lo com o corpo todo dentro da água, uma banheira ou piscina podem ajudar. Caso não consiga, encharque roupas com água gelada e o cubra”, finaliza Karina.

Sobre a Sami

Fundada em 2018, a Sami nasceu para democratizar o acesso à saúde de qualidade e vem revolucionando o setor. Por meio de um modelo que alia tecnologia à saúde coordenada via time de saúde, cria uma conexão sólida entre pacientes, médicos, hospitais e laboratórios. Com planos empresariais voltados para MEI’s e empresas de qualquer porte, a healthtech possui uma rede credenciada de referência, com hospitais como Beneficência Portuguesa e Oswaldo Cruz, e parceiros como Gympass e Cíngulo, para garantir a saúde física e mental dos membros. Tendo entre seus investidores os fundos DN Capital (UK), Redpoint eventures, Canary, Valor Capital Group, Mundi ventures e monashees, em 2020 recebeu o maior investimento Série A em saúde da história da América Latina. Com extensão desse round e, agora em 2023, com mais R$ 90 milhões em Série B, superou R$290 milhões captados.

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